Classes cobram promessas feitas pelo governo do Estado

19/01/2013 18:52

Florianópolis – No próximo dia 2, os delegados de Polícia Civil de Santa Catarina se reúnem em assembleia para discutir o futuro da categoria. Os assuntos, entretanto, são os mesmos discutidos nos últimos anos. “No final de 2011, realizamos um movimento em todo o Estado pedindo pela implementação da remuneração por subsídio. O Governo do Estado prometeu negociar, mas não nos apresentou nenhuma resposta durante um ano”, explica o vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina (Adepol), Carlos Diego de Araújo.

Na época, em novembro de 2011, os delegados do Oeste também pararam para reivindicar. A categoria, no entanto, não entrou em greve para não atrapalhar a Operação Veraneio, que inicia sempre em dezembro, e optou por diminuir os atendimentos nas Delegacias por três dias. “Dessa vez, a categoria vai decidir o que fazer e como fazer durante a assembleia. A classe está indignada”, enfatiza Araújo.

A c, no entanto, não é a única que espera pelas promessas do Estado. Bombeiros e policiais militares cobram o aumento salarial, prometido para este mês, além de cursos de formação, horas-extras e mais efetivo. As cobranças são as mesmas dos profissionais do Instituto Geral de Perícias (IGP), que também pedem por mais proteção durante o trabalho, a partir do uso de coletes balísticos.      

Negociações com o Estado

Durante esta semana, o secretário de Estado da Segurança Pública, César Grubba, ouviu as reivindicações das categorias, através das associações e sindicatos. Em todos os casos, Grubba afirmou que vai levar as reivindicações ao governador Raimundo Colombo e adiantou algumas medidas (veja abaixo).

 

As reivindicações das categorias 

 

Delegados

A classe continua reivindicando por horas-extras, horário de expediente, antecipação das incorporações de abonos e as negociações salariais no geral, como o subsídio. “Estatutariamente, o sindicato representa os delegados, mas a intenção é sempre beneficiar todos da Polícia Civil, o que aconteceria no caso do subsídio”, afirma o vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina (Adepol), Carlos de Araújo.

A implementação do subsídio, segundo Araújo, seria uma forma de beneficiar principalmente os profissionais durante a aposentadoria e em uma situação como de auxílio-doença. “Atualmente, o Estado paga somente 40 horas extras por mês, sendo que a maioria dos profissionais trabalha mais do que isso. O subsídio seria uma forma de aglutinar a hora-extra e outras gratificações já pagas atualmente, em uma parcela só. É inclusive uma determinação constitucional”, explica.

 

Polícia Civil

A categoria vai realizar uma assembleia na próxima quarta-feira, 23 de janeiro, em Florianópolis. Uma das principais discussões dos agentes, escrivães e psicólogos da Polícia Civil é a mesma dos delegados: a remuneração em forma de subsídio.

O Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina (Sinpol) sugere inclusive que a implantação da remuneração sob forma de subsídio (leia nas reivindicações dos delegados) seja aplicada como no Paraná, que adotou a forma de pagamento em março de 2012. Além do subsídio, a categoria reivindica pela antecipação dos abonos para julho de 2013.

Na última reunião realizada com o Estado, o presidente do Sinpol, Joaquim Cardoso, cobrou principalmente a promessa do Governo sobre a discussão do subsídio como forma de remuneração. Também informou que o sindicato busca por melhorias para garantir mais segurança e melhores condições de trabalho aos policiais.

 

Polícia Militar e Bombeiros

A Associação de Praças de Santa Catarina, que representa os bombeiros e policiais militares, quer a antecipação da incorporação de todos os abonos para o ano de 2013. O atual cronograma definido por lei prevê o parcelamento da incorporação até março de 2014.

Também querem a incorporação da hora extra e do adicional noturno no soldo; o adicional de periculosidade; abertura de mais vagas no plano de carreira dos praças; mais efetivo; corte nas horas-extras.

Segundo o próprio Sinpol, Grubba garantiu que o Governo vai cumprir a lei da data-base, concedendo o reajuste ainda em janeiro, mas não informou valores. Também informou que já encaminhou ofício ao Governador pedindo a abertura de 500 vagas de cabos, 180 de 3°sargento e 70 para aperfeiçoamento de sargentos.

 

IGP

Concessão da gratificação de representação já paga aos delegados da Polícia Civil e oficiais da Polícia Militar, antecipação da incorporação dos abonos, promoção dos servidores do Instituto Geral de Perícias (IGP); igualdade no valor das diárias, direito ao porte de arma e compra de coletes balísticos. Estas são as principais reivindicações dos peritos oficiais de Santa Catarina.

De acordo com a presidente do Sinposc, Sidnéia Mansanar, os profissionais da perícia oficial buscam equilíbrio entre as categorias funcionais vinculadas à Segurança Pública. "Seria uma forma de corrigir a distorção salarial entre as categorias".

Sobre a compra de equipamentos de segurança, o secretário Grubba confirmou a aquisição de 81 coletes balísticos para os peritos que trabalham no atendimento em locais de crime, além de melhorias nas condições de trabalho.

O Sinposc representa a categoria dos peritos oficiais que é composta pelos cargos de peritos criminais, peritos médicos legistas, peritos químicos bioquímicos e peritos odonto legistas.

 

Fonte: redecomsc