Empresa diz que 60 faziam segurança de torcedores; para PM, houve falha

09/12/2013 19:58

 

 A chefe de comunicação social da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), tenente-coronel Claudete Lehmkuhl, afirmou nesta segunda-feira (9) que a empresa de segurança privada contratada pelo Atlético-PR para atuar no estádio Arena Joinville falhou ao tentar conter a briga generalizada no domingo (8). "Houve uma segurança privada que não garantiu a segurança. Houve falhas seríssimas nessa segurança", disse. A partida entre Atlético-PR e Vasco da Gama teve um público de 8.978 pagantes.

Segundo a companhia de segurança Mazari, de Joinville, o Clube paranaense solicitou 60 profissionais, que foram distribuídos entre estacionamento, acessos ao estádio e divisão de torcida. "A torcida não tem cultura de respeitar a segurança privada. Eles respeitam mais a PM e, em alguns casos, nem a PM consegue contê-los", declarou Luiz Fernando Medeiros, gerente de operações da empresa. 

Além disso, outros 15 homens foram contratados pela Cerberus, de Curitiba, totalizando 75 pessoas para cuidar da segurança no jogo. "Eles ficaram responsáveis pelos jogadores e pela Diretoria do Clube", explicou Rodrigo de Freitas, diretor operacional da empresa.

 Durante a partida no domingo (9), pela 38ª rodada da Série A, a briga resultou entre torcedores na arquibancada do estádio paralisou o jogo aos 17 minutos do primeiro tempo. Quatro pessoas ficaram feridas e foram levadas para o Hospital São José, em Joinville. Três torcedores receberam alta e um permanece internado no Hospital da Unimed.

Divergências
Depois de divergências entre o Ministério Público estadual (MPSC) e a PMSC sobre o policiamento no estádio, o comandante do 8º Batalhão da PM em Joinville, tenente-coronel Adilson Moreira, declarou nesta segunda (9) que a responsabilidade pela segurança de um evento particular é de quem o promove. Conforme a tenente-coronel Claudete Lehmkuhl, após a confusão, 160 policiais militares atuaram dentro da Arena Joinville e 20, fora do estádio.

"A Polícia Militar pode agir no caso de uma possível iminência de uma ocorrência ou havendo uma ocorrência. No caso de uma iminência, teria que haver a solicitação para a Polícia Militar entrar porque o local estava sendo considerado inseguro e que poderia ocorrer algum tipo de crime. A polícia foi solicitada durante a ocorrência", explicou ela.

Ações diferentes
De acordo com o representante da Mazari, o efetivo da companhia não dispõe de equipamentos, como bomba de efeito moral, geralmente utilizados pela PM e que a segurança privada não tem autorização para usar. "A gente não tem o mesmo preparo e nem vai ter a mesma ação da PM", reconhece Medeiros.

O Atlético-PR lamentou o ocorrido, mas não quis comentar o caso. "A Diretoria Administrativa e do Conselho Deliberativo do Clube tomarão todas as providências para identificar os envolvidos e puni-los, caso tenham ligações com a Instituição, ou denunciar às autoridades competentes qualquer um que tenha tido participação nos lamentáveis incidentes", comunicou o Clube, no site oficial.

Fonte: G1